sexta-feira, 4 de junho de 2021

Música e Imobiliário - Confluência e Inspiração - A escolha de Tiago Gomes

 

 

“Na Batalha” … essa com que nos deparamos no dia a dia no ramo imobiliário.

Trabalhamos num segmento de mercado onde as adversidades são bastantes, e desengane-se quem pensa que a vida do verdadeiro consultor imobiliário é um mar de rosas. Gerir carteiras de imóveis, gerir clientes e prestar um bom serviço, num mercado saturado, onde proliferam práticas incorrectas e onde existe muito “amadorismo”, é algo que por vezes provoca alguma angústia, pela desigualdade de situações, face a um mesmo imóvel, ou face a um mesmo cliente.

Num mercado estagnado em termos de oferta, a batalha á diária, e a preocupação na satisfação do cliente, com transparência e profissionalismo agiganta-se. Não considero que trabalhar no facilitismo ou na facilidade aporte bons frutos, pois a sua não substância nem consistência, rapidamente são postas à prova por quem do lado de lá, nos interpela. Devemos ser francos e directos, não criar falsas expectativas, com promessas de vendas rápidas e com alta rentabilidade. O mercado é o mercado. Saber como ele funciona é uma preocupação constante, pois só assim os frutos serão colhidos.

“É curta a minha palha

Mas é assim que me concentro

Tudo à espera de uma falha

De ver um podre cá dentro

Cada dia uma batalha

Fecham portas mas eu entro

Não atiro a minha toalha

E se há janela tou lá dentro.”

Tal como em muitas profissões pelo mundo fora, existe sempre alguém a aguardar um fracasso, para à sombra dele poder sobressair. No ramo imobiliário não é diferente, o que condeno, pois se a causa é única e o objectivo é comum, é perfeitamente errado estar “à espreita” das falhas dos outros, para nos colocarmos em evidência. Se todos os envolvidos no ramo tivessem a preocupação de aplicar boas práticas, se pensassem primeiro na satisfação do cliente e não no próprio retorno financeiro, certamente estaríamos num patamar bem diferente no mercado imobiliário, a exemplo da maior parte dos países da Europa. Saliente-se que em Portugal, casa pessoa se considera “agente” imobiliário, seja o proprietário do imóvel, o vizinho do lado, o senhor do café, ou a empregada doméstica, lesando significativamente quem se encontra capacitado para o ser, pelo investimento pessoal e profissional que faz ao longo da vida.

Desta fora, podemos metaforizar o ramo imobiliário como uma espécie de campo de batalha, onde a nossa verticalidade faz a diferença, que tem que conduzir a uma mudança de paradigma quanto à opinião depreciativa generalizada que existe relativamente aos agentes imobiliários.

Se de facto estamos dentro, se vestimos a camisola e trabalhamos por uma causa, então a toalha será sempre o nosso adorno.



https://youtu.be/KXPI7F2Lex4

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